São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996 |
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Na rota do crime
NELSON DE SÁ
* No país em que violência e publicidade se confundem mais e mais, tal diálogo cômico chega a ser corriqueiro. Foi entre um assaltante com 15 reféns e um repórter, pelo telefone, em Goiânia: - CBN? - É. - Isso. Eu quero uma autoridade máxima aqui. Eu estou disposto a entregar, mas... Está todo mundo escutando? - Todo mundo. - Então tá bem... Não existe direito humano. Falam pela TV, "é direito humano", mas não existe. Quando chega lá a coisa muda. Você apanha. - Você está sozinho? - Eu? Não. Está eu e Deus. - O que você quer para acabar com tudo isso? - No caso, eu queria um juiz. Se possível, até um desembargador. Para me entregar, conversar com eles. - Você é fugitivo? - Não. É a primeira vez que estou cometendo um erro. - A primeira? E você está cometendo um assalto? - É, final de ano, né. Texto Anterior: Evento discute a retórica de economistas Próximo Texto: Ruralistas adiam a votação do novo ITR Índice |
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