São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Inflação vira deflação; combustível sobe

DA REDAÇÃO

Os consumidores de todo o país foram surpreendidos ontem com duas notícias. Uma boa e uma má.
Primeiro a boa: ocorreu deflação na cidade de São Paulo.
Agora a má: o governo autorizou reajuste nos preços dos combustíveis, a partir da próxima terça-feira, dia 17.
A boa notícia, a deflação, foi confirmada pelos pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP.
Como todas as semanas, eles saíram às ruas para o tradicional levantamento de preços.
Foram surpreendidos: detectaram queda média de 0,03% na primeira quadrissemana de dezembro na cidade de São Paulo.
Não ocorria deflação em São Paulo desde 1957, segundo a Fipe.
A má notícia -o aumento de preços dos combustíveis- foi anunciada em Brasília.
Ninguém disse, mas parece óbvio que o governo, sabendo que a inflação está embicando para baixo, decidiu aproveitar o momento para promover o reajuste.
Em 30 dias, calcula o próprio governo, a inflação medida pela Fipe subirá 0,45 ponto percentual só por causa do reajuste autorizado para os combustíveis ontem.
Esperança
Há, porém, a esperança de que a má notícia seja pelo menos amenizada. Os postos de combustíveis não devem repassar o aumento de uma só vez.
A batalha de promoções e preços que travam pelo consumidor deve impedir. O consumidor agradece.

LEIA MAIS sobre inflação e combustíveis na pág. 2-16

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