São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996 |
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Cantor faz show e afirma que sua obra fala por ele
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Um ano que teve o relançamento de sua obra em CDs remasterizados, sua participação no Festival JVC em Nova York, várias regravações de suas músicas por outros artistas e fecha com um especial de fim de ano na Rede Bandeirantes -que será gravado hoje, no Tom Brasil. O compositor olha para trás e avalia que, apesar dos problemas no começo do ano, o saldo de 1996 foi positivo. "O período que eu estou vivendo hoje é muito legal", afirma Paulinho. Ele reconhece, entretanto, que o ano deixou marcas que o modificaram profundamente. "É cada vez mais difícil falar de mim. O balanço deste ano foi esse. Eu parei de falar. O trabalho fala por si. A obra fala, ou não fala", afirma. Nesse caso é preciso fazer silêncio para ouvir as coisas importantes que ele tem a dizer. O silêncio será hoje à noite, no show único que será gravado pela Bandeirantes para ser exibido no dia 30 de dezembro. Show único O show de hoje é único, concebido especialmente para o especial televisivo. O espetáculo traz pela primeira vez músicas de "Bebadosamba", mas não é o show do novo disco. Deve, entretanto, servir como um ensaio para a próxima turnê, já que o diretor do programa, Elifas Andreato, também vai dirigir a turnê de "Bebadosamba". A turnê deve começar depois do carnaval, em março. Atualmente, o cantor está fazendo trabalho de divulgação do disco em programas de rádio e TV. Paulinho vai aproveitar o final do ano para pensar o roteiro do espetáculo. Na apresentação de hoje, o compositor pretende fazer um apanhado dos 32 anos de carreira e dar ênfase ao disco novo. No roteiro do show, que pode ser alterado, estão previstas oito das 14 músicas de "Bebadosamba", entre elas "Memórias Conjugais", um maxixe feito por Paulinho em homenagem ao compositor Aldir Blanc. As outras sete canções são "Alento", "Timoneiro", "Novos Rumos", "Ame", "O Ideal É Competir", "Peregrino" e "Bebadosamba". Algumas músicas devem ser apresentadas com arranjos diferentes dos mostrados no disco. Mas apenas por questões operacionais. É o caso de "Ame", uma parceria de Paulinho com Élton Medeiros que não terá os metais presentes no álbum. Além das músicas novas, o cantor vai interpretar algumas composições que não cantava há muito tempo. É o caso de "Tudo Se Transformou". Também estão previstas "Dança da Solidão" (gravada por Marisa Monte), "Para Um Amor No Recife" (presente no último disco de Marina), "Sei Lá Mangueira", "Coração Leviano" e "Vela no Breu" -parceria com Sérgio Natureza. O espetáculo deve ter cerca de 1h30 de duração. E Paulinho não receberá nenhuma estrela da MPB durante o concerto. As participações especiais irão se restringir ao pianista Helvius Vilela e ao flautista e saxofonista Mario Sève. Ele cantará, tocará violão e cavaquinho e dividirá o palco com o quinteto que o acompanha há anos e com que gravou seu novo disco. A principal atração da banda é o violonista César Faria, 77, pai de Paulinho. Os outros integrantes do quinteto são Hércules (bateria), Cabelinho (surdo), Celsinho (percussão), Dininho (baixo). Show: Paulinho da Viola Onde: Tom Brasil (r. Olimpíadas 66, Vila Olímpia, região sul, tel. 011/820-2326) Quando: hoje, às 21h30 Quanto: R$ 25 a R$ 45 Censura: 12 anos Texto Anterior: Paulinho da Viola canta sem convidados Próximo Texto: BMG prevê disco de ouro Índice |
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