São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
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Islamismo chegou às Maldivas em 1153

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL

As 1.192 ilhas de coral que formam os atóis das Maldivas podem ser picos de um antigo vulcão submerso que, ao aflorarem no Índico, também formam lagoas rasas, de água cristalina.
Muitas são ilhotas cercadas de praias de areia clara, com coqueiros e rala vegetação tropical.
Visitadas por marinheiros desde tempos imemoriais, a região já era habitada por um povo autóctone quando, por volta de 500 d.C., chegaram à região cingaleses budistas.
Depois desses habitantes do antigo Ceilão (atual Sri Lanka) foi a vez de navegadores vindos da Índia, Arábia e até da África.
Em 1153, o arquipélago foi invadido pelos "moplahs", um povo muçulmano originário das costas da Índia, e o islamismo substituiu o budismo.
Até os portugueses, no século 16, lançaram as âncoras de suas caravelas nos atóis em busca de abrigo contra as tempestades do Índico.
Lá encontraram um povo de traços finos e olhos delineados, que fundiu ao longo de séculos etnias e culturas do oriente.
O século 20 viu a abolição do sultanato, a entrada do país na órbita do Reino Unido e sua transformação numa república islâmica.
Por causa dessa tradição muçulmana, a maior parte das pessoas mais velhas é arredia a fotos.
O inglês é ensinado nas escolas, mas nas comunidades locais se fala o divehi (pronuncia-se "diverrí"), dialeto do cingalês que tem origem no sânscrito.
(SC)

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