São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Ano Novo festeja Iemanjá, nossa senhora do amor

DARCY RIBEIRO
DO COLUNISTA DA FOLHA

A data do Ano Novo tinha já uma tradição brasileira também, como tem no mundo inteiro, de comemorar um ano novo que está surgindo, trazendo esperança.
No caso do Brasil, é a melhor comemoração, porque os negros do Rio de Janeiro inventaram um culto lindo, que já cobriu todas as praias do Brasil, é o culto a Iemanjá.
Iemanjá era uma deusasinha africana dos rios, riachos, das águas. Os negros a puseram no mar, fazendo dela a rainha do mar e sobretudo uma rainha esquisita.
Porque Iemanjá não se interessa por nada prático, não cura câncer, não cura tuberculose, não cura nada.
Ela consegue que o amante não bata as asas, que o marido não seja perverso, consegue uma namorada nova.
A gente vai pedir a ela amor. Iemanjá é uma santa do amor. Essas duas coisas são lindas: a tradição do Deus menino e a tradição de uma santa do amor, uma nossa senhora que namora.
(DR)

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