São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996 |
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Produto não contém toda a obra
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
Qualquer justificativa da gravadora será insuficiente. Se um produto de R$ 400 (ou mais) faz promessas na capa e não as cumpre, isso é caso de Procon. Faltam à caixa "Temporada de Verão ao Vivo na Bahia" (74), "Doces Bárbaros" (76) e "Brasil" (81), dividido com João Gilberto, Gilberto Gil e Bethânia. Os mais preciosistas dirão: faltam ainda discos meio indefinidos -trilhas, especiais de TV etc.- e lançados por outras gravadoras (leia quadro ao lado). Sem eles, a caixa poderia chamar no máximo "Todo Caetano na PolyGram". Há as questões cosméticas. O pacote parece embalagem de panetone -é Natal, devem ter pensado- e, como tal, feia, de papelão. Guarda os 30 discos acondicionados em pobres envelopes de papel frágil/perecível, com as capas originais reproduzidas ao fundo. Contracapas e encartes, bye-bye. O livro que a acompanha compensa -é verdade- tal pobreza. Dirão que é em conta -comprar sua obra CD por CD custaria uns R$ 600, e não os R$ 400 prometidos pela PolyGram. Ora, ambas são cifras de elite. É muito dinheiro, e, sinceramente, a caixa de panetone não paga o investimento. (PAS) Texto Anterior: Discografia Próximo Texto: Monumentos passarão por reforma Índice |
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