São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 1996 |
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Investigador evita estupro em Cumbica
ROSANA ZAKABI
O agressor, A.G.L., 15, tentou fugir e acabou sendo preso no piso de embarque do aeroporto. Houve pânico e confusão entre funcionários e passageiros, segundo pessoas que se encontravam em Cumbica no momento. O crime aconteceu às 8h20, quando a administradora de empresas R.F., 33, estacionava seu carro, um Kadett, para buscar o namorado, que chegava da França. A. se aproximou com uma pistola -que a polícia descobriu mais tarde ser de brinquedo- e mandou R. entrar de novo no carro, dizendo que iria estuprá-la. "Ele abaixou o banco e começou a tirar as calças", relatou R. à polícia, depois do incidente. O investigador José Ubiratan Guimarães, 33, que também estava parando seu carro no estacionamento, viu a cena e se aproximou. "Desconfiei porque ela estava chorando muito. Dei voz de prisão e ele ameaçou matar a garota." Até então, o policial acreditava que a pistola empunhada por A. fosse de verdade. Ele foi perseguido por oito policiais, mas só foi alcançado e rendido às 9h05. Segundo a delegada Lygia Pimentel, que registrou o caso, A. confessou já ter praticado assaltos nas imediações. Agora, ele será encaminhado ao SOS Criança. Pânico No momento do crime, havia 5.000 pessoas no aeroporto, especialmente movimentado devido à época de Natal. A perseguição pelos policiais gerou pânico e correria no saguão do aeroporto. A agente de passageiros da Varig Vera Lúcia Pereira, 28, disse que o episódio a deixou com muito medo. "Agora, não tenho mais coragem de ir até o estacionamento sozinha", afirmou. Segundo a delegada Lygia Pimentel, foi a primeira vez que aconteceu uma tentativa de estupro no aeroporto, incluindo a área do estacionamento. "Registramos cerca de cinco ocorrências por dia em Cumbica, mas nunca uma agressão como essa." Texto Anterior: Delegado do caso Bodega perde cargo de chefia Próximo Texto: Goiânia é recordista de parques e bosques Índice |
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