São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 1996
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Explosão mata três em igreja na Alemanha

Polícia suspeita de suicídio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Três pessoas morreram na explosão de duas granadas de mão dentro de uma igreja protestante de Sindlingen, um subúrbio industrial da cidade alemã de Frankfurt, quando era celebrada um culto na noite de anteontem.
A polícia acredita que uma mulher tenha cometido suicídio com as granadas coladas ao corpo ou dentro de uma bolsa.
Outros 13 fiéis que estavam na igreja ficaram feridos com estilhaços das granadas e destroços dos bancos -incluindo uma menina de 12 anos e sua mãe, ambas em estado crítico.
A mulher, que aparentava 30 anos, possivelmente tinha problemas mentais, disse a polícia.
Fotos de sua cabeça foram divulgadas para tentar determinar a identidade da mulher. A parte inferior do corpo ficou destruída.
"Não sabemos nada sobre motivos. Podemos apenas especular. Talvez ela fosse emocionalmente perturbada. Descartamos a possibilidade de esse ser um atentado terrorista", disse o porta-voz da polícia Manfred Feist.
As duas outras vítimas fatais, duas mulheres de 59 e 61 anos, estavam sentadas perto da suposta suicida, em um banco nas últimas fileiras da igreja.
Uma delas morreu na hora. A outra chegou a receber tratamento na igreja de Sindlingen, mas morreu antes que pudesse ser levada a um hospital.
A explosão aconteceu por volta de 23h15 (hora local, 20h15 em Brasília). Uma testemunha disse ter ouvido uma "explosão abafada" do fundo da igreja, onde cerca de 70 pessoas participavam do culto.
Toda a parte do fundo da nave ficou destruída. Horas depois da explosão, policiais ainda recolhiam pedaços de carne humana nas paredes da igreja, feitas de pedra, e pertences das pessoas que fugiram do local.
Segundo a polícia, nenhuma testemunha foi capaz de reconhecer a mulher, que chegou após o início do culto.
Frio
Em outra tragédia ocorrida na véspera de Natal na Alemanha, um bebê recém-nascido morreu de frio enquanto sua mãe percorria a cidade de Goettingen (região central do país) procurando um lugar para passar a noite.
Enrolado em um lençol, o menino já havia morrido quando a mulher de 28 anos chegou a um abrigo para mendigos.
Ela disse à polícia que havia dado à luz algumas horas antes em uma casa deserta da cidade. Segundo ela, o bebê parecia saudável.

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