São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996 |
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João Gilberto processa a gravadora EMI
ERIKA SALLUM
A decisão foi tomada depois que os advogados do músico entraram com medida cautelar acusando a gravadora de ter deturpado os trabalhos do cantor. Para que a acusação seja comprovada, a Justiça recolheu exemplares dos discos para análise. O cantor baiano pertenceu ao cast da Odeon há mais de três décadas. Apesar de seu contrato ter acabado no início dos anos 60, a gravadora continuou a relançar "pot-pourris" e coletâneas. O advogado Simão Isaac Benjó afirmou que a gravadora chegou a pedir autorização a João Gilberto para produzir esses discos. Apesar de o músico ter negado o pedido, os CDs foram colocados à venda. Ao reproduzir as canções, a Odeon teria "introduzido efeitos sonoros que não pertenciam às gravações originais", prejudicando o trabalho do cantor. Essas acusações estão embasadas em um laudo feito por uma empresa norte-americana a pedido dos advogados. "Eles alteraram a obra de um grande artista, e vamos entrar com uma ação indenizatória", disse Benjó. Procurado ontem pela Folha, o advogado da EMI-Odeon, Cláudio de Souza Amaral, disse que não poderia falar sobre o caso, já que acabara de receber o processo e ainda não tivera tempo de estudá-lo. Texto Anterior: NOITE ILUSTRADA Próximo Texto: Escritor Antonio Callado é internado no Rio de Janeiro Índice |
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