São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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Presença de FHC congestiona o sistema de comunicações da ilha

Dos 9 canais da ilha, 2 foram requisitados

WILLIAM FRANÇA
ENVIADO ESPECIAL A FERNANDO DE NORONHA

A presença do presidente Fernando Henrique Cardoso na ilha de Fernando de Noronha (PE) trouxe um grande incômodo aos moradores e aos turistas, em plena alta estação: a dificuldade de comunicação com o continente.
A ilha é precária quando o assunto é comunicações. As ligações telefônicas são feitas por satélite, que liga o transmissor da ilha com Belém (PA) e de lá, por terra, com Recife (PE), para que o sinal seja então distribuído.
A central telefônica da ilha é do tipo analógica, que permite que apenas nove pessoas liguem e outras nove recebam ligações simultaneamente. A ilha tem cerca de 1.800 habitantes e recebe 400 turistas por dia, em média.
Para atender à Presidência da República, dois dos canais que chegam à ilha foram bloqueados. Dos sete canais restantes, um está desligado por falta de manutenção. Assim, quem tenta falar com a ilha só tem seis canais disponíveis.
Para telefonar da ilha para o continente, as dificuldades são ainda maiores. Dos 9 canais teoricamente disponíveis, 2 estão em manutenção. Dos 7 restantes, 4 estão sendo ocupados, na maior parte do tempo, por transmissores das equipes dos jornais que estão na ilha acompanhando FHC.
O sistema montado para FHC é como se fosse um ramal do Palácio do Planalto. Na prática, os dois telefones de lá permanecem ligados, 24 horas por dia, com Fernando de Noronha, o que possibilita o acesso a FHC a qualquer momento.
A idéia inicial era instalar um canal para ligar o presidente à Internet, mas foi descartada diante da sobrecarga que traria à ilha.

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