São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996 |
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DER adota critério de seleção diferente do DNER
MAURO TAGLIAFERRI
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) dá preferência à firma que, além de cumprir todas as exigências de obras e manutenção previstas no contrato de concessão, cobrar a menor tarifa em seus pedágios. Já a Secretaria dos Transportes e o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER) escolhem a empresa que oferecer o maior ônus anual ao Estado, sem deixar também de cumprir suas obrigações contratuais. Ou seja, leva quem pagar mais. O ônus é uma espécie de aluguel que a empresa paga ao governo. Em compensação, a concessionária fica com a renda dos pedágios. Entre as obrigações estão, por exemplo, a construção da segunda pista de serra da Imigrantes, no caso do lote a que essa estrada pertence, ou a ampliação da Bandeirantes até Limeira (156 km a noroeste de SP). Segundo o superintendente do DER, Luiz Carlos David, só a concessionária do complexo Anhanguera/Bandeirantes -a Servix Engenharia- se comprometeu a pagar US$ 200 milhões de ônus no primeiro ano de contrato. A partir do segundo, o valor cai para US$ 120 milhões anuais. Em cada lote de estradas, há uma de grande volume de tráfego, para atrair as empresas, e outras, menores, das quais o Estado se "livrará". "Eles levam o filé, mas o osso vai junto", disse David. Redefinição Com as concessões, as duas administradoras das estradas paulistas entrarão num processo de revisão de suas funções. A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), que cuida de uma malha rodoviária com cerca de 800 quilômetros, se transformará numa empresa fiscalizadora das concessionárias. Já o DER se dedicará a cuidar das estradas que não estiverem nas mãos da iniciativa privada -que serão maioria ainda por um bom tempo, já que as concessões só atingem 4.779 km de um total de 31 mil km de rodovias. (MT) Texto Anterior: Grupo vai investir R$ 200 mi Próximo Texto: Rota de turismo é bem conservada Índice |
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