São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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São Silvestre usa banheiro biodegradável

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A organização da Corrida de São Silvestre está preocupada em sanar uma falha que ocorreu na prova do ano passado: falta de banheiros em condições ideais de uso nas proximidades da linha de largada.
"Desta vez, alugamos banheiros químicos e esperamos solucionar o problema", afirmou Victor Malzoni Jr., 46, diretor-geral da prova.
Espera-se que cerca de 12 mil atletas se concentrem para as largadas -feminina, às 15h15, e masculina, às 17h- , na próxima terça-feira, na avenida Paulista, região central de São Paulo.
"Um processo químico elimina os dejetos. Não há necessidade de ligações à rede de água da região", disse Manuel "Vasco" Arroyo, 46, coordenador técnico da prova.
Serão instalados 44 banheiros (são cabines de plástico) para a massa de corredores e outros seis para o pelotão de elite (estrelas da prova e convidados). Cada banheiro pode ser utilizado até 500 vezes.
Reclamações de moradores da região da avenida Paulista e uma foto publicada pela Folha mostrando o mexicano Arturo Barrios, tricampeão da prova, urinando na rua, motivaram a instalação de sanitários no ano passado.
Mas o esquema não funcionou. As cabines necessitavam de ligações com a rede de água, para as descargas, e houve problema. Os novos banheiros são outra tentativa de contornar o problema.
Favoritos
O vencedor da prova em 1995, o queniano Paul Tergat, já chegou a São Paulo. Disse que está preparado, mas espera uma competição difícil. Ele ganhou ao cobrir o percurso de 15 km no tempo recorde de 43 minutos e 12 segundos.
Este ano, além de Tergat, entre os estrangeiros inscritos destacam-se os mexicanos German Silva e Benjamin Paredes e o queniano Simon Chemoiywo.
No grupo de brasileiros, despontam com chances de vitória Vanderlei Cordeiro de Lima, Luiz Antônio dos Santos, Valdenor dos Santos, Delmir dos Santos e Ronaldo da Costa (vencedor em 94).
Na prova feminina, a brasileira Carmem de Oliveira tentará o bi, mas entre as inscritas despontam rivais fortes como a mexicana Maria Del Carmem Diaz (ganhou em 89, 90 e 92), a etíope Fatuma Roba e as quenianas Pauline Konga e Rose Cheruiyot.

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