São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Prefeitos saem com aprovação em alta

KENNEDY ALENCAR
EDITOR DO PAINEL

Seriam sete, se considerássemos o prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias (PT), que preferia Célio de Castro (PSB). A continuidade administrativa foi o principal mote das campanhas vitoriosas.
As altas taxas de aprovação dos prefeitos que deixam hoje seus cargos se devem a um fator econômico: eles formam a primeira safra de administradores a colher frutos da Constituição de 88, que possibilitou o crescimento da arrecadação dos municípios, aumentando recursos para investimentos.
O prefeito de Recife, Jarbas Vasconcelos (PMDB), lidera o ranking do Datafolha. Dos recifenses, 76% o consideraram ótimo ou bom. Vasconcelos, que recebeu nota 8,2, é sucedido por Roberto Magalhães, do PFL, a quem se aliou.
O segundo colocado é Antonio Cambraia (PMDB), que sai da Prefeitura de Fortaleza com nota 8. Será substituído por seu colega de partido Juraci Magalhães.
Rafael Greca (PDT), prefeito de Curitiba, deixa o posto com seu maior índice de aprovação: 73% de ótimo ou bom. Teve nota 7,7, e elegeu Cássio Taniguchi, do PDT.
O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), que há cinco meses ocupava o terceiro lugar, caiu para quarto (nota 7,6). O atual vice, Raul Pont, elegeu-se prefeito.
O petista Darci Accorsi, prefeito de Goiânia, termina o mandato com sua mais expressiva taxa de aprovação, mas não elegeu o sucessor -o tucano Nion Albernaz.
Em sexto, vem o prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias (PT). Foi o que mais cresceu no fim do mandato. Era o nono em julho.
Em sétimo, o prefeito Paulo Maluf (PPB), candidato a presidente, encerra seu mandato com 57% de apoio dos paulistanos. Sua administração teve nota 6,8. Maluf elegeu seu ex-secretário Celso Pitta.
Cesar Maia (PFL), que nos dois primeiros anos de mandato era classificado como ruim ou péssimo pela maioria, deixa a Prefeitura do Rio com 52% de aprovação.
As gestões de Paulo Maluf, Juvêncio da Fonseca e Lídice da Mata não conseguiram alcançar ou superar a expectativa positiva que despertaram antes da posse.

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