São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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'Orçamento foi superestimado'

ST
DA SUCURSAL DO RIO

O diretor-geral do Centro de Informações da Secretaria da Saúde do Rio, Frederico Caixeiro, disse à Folha que o orçamento para 95 foi "superestimado" pelo governo anterior ao de Marcello Alencar.
Segundo Caixeiro, ao preparar o orçamento do Estado para 95, as administrações pedetistas dos ex-governadores Leonel Brizola e Nilo Batista previram uma inflação que não houve. Alencar assumiu o governo no início de 95.
"O governo anterior projetou uma inflação nas receitas e despesas. Como a inflação foi menor, não houve disponibilidade financeira. Orçamento é um planejamento de despesas. Se não há dinheiro, não se gasta o que estava previsto", afirmou Caixeiro.
Segundo o diretor-geral da secretaria, "não é novidade" o fato de ter sido grande o percentual de gastos com pessoal. "O governador já falou isso várias vezes. Ele é um defensor da reforma administrativa", disse Caixeiro.
A Folha tentou ouvir o governador. Seu assessor de imprensa, Paulo Jerônimo, disse que Alencar não tinha informações sobre o caso e que cabia à Secretaria da Saúde apresentar as explicações.
Caixeiro confirmou que a secretaria não investiu dinheiro no programa de controle da tuberculose. "Essa área é capitaneada pelo Ministério da Saúde, que dá os remédios", afirmou.
A falta de investimentos na manutenção e reformas dos hospitais foi negada pelo diretor-geral da secretaria. Segundo ele, todos os grandes hospitais estaduais estão em obras. "O problema é que esses investimentos têm maturação lenta. Nos últimos quatro anos, esse é o governo que mais investiu em obras hospitalares", disse.

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