São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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Cardápio apurado é o trunfo do novo Felzi

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Cinco anos depois de sua estréia no Brasil, quando abriu um restaurante com seu nome na Bela Vista, o ítalo-americano Felzi Riggio muda de endereço e vai para os Jardins.
O novo Felzi em nada lembra, na aparência, o anterior. É mais NY (de onde veio o proprietário) que Bexiga. O antigo endereço tinha todo o charme da casa antiga e restaurada com bom gosto, trazendo uma versão mais leve da cozinha italiana dominante no bairro.
É difícil não lamentar um pouco a mudança; mas ela foi estimulada pela própria clientela, que valoriza mais um endereço nos Jardins -onde além de comer, pode desfilar- que num bairro pitoresco da comunidade italiana. A quem gostava de lá, resta um consolo: semana que vem, com os mesmos donos, abre no local uma pizzaria, a Paper Moon.
Pelo menos o novo Felzi é também bonito, à sua moda. Ao contrário dos múltiplos ambientes de antes, agora ele se espalha por um único e grande salão. Mesas espaçosas, bem-separadas e bom equipamento são características da nova cara do restaurante.
O comando continua na mão dos mesmos proprietários, Felzi, 32, nascido nos EUA, mas com parte da vida passada na Itália, e sua mulher, Maria Amélia Alves de Lima, 29, paulistana (eles se conheceram morando em Nova York).
Tendo vivido em Milão, mas nascido de pais sicilianos, no extremo oposto do país, Felzi apresenta uma cozinha de múltiplas influências regionais italianas. Hoje, mais do que nunca, prepara pratos com leveza e cuidado.
O cardápio foi totalmente renovado, com exceção de dois best sellers: linguine alle vongole, com um molho perfumado de mar, e cotoletta alla milanese, bife de vitela batido e empanado.
Entre os novos pratos há, como entradas, um bom grelhado de legumes (como berinjela e abobrinha), temperados sem exagero com vinagre balsâmico, e talos de erva-doce gratinados com queijo.
As novas massas incluem um delicado tagliolini com camarão e flor de abobrinha e tagliatelle à carbonara temperado com açafrão. Pouco presente nos restaurantes, mas sempre bem-vinda é a codorna, aqui servida no clássico molho de vinho branco e alecrim.

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