São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Metalúrgicos querem criar vagas temporárias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os metalúrgicos de São Paulo podem ser a primeira categoria a assinar um contrato coletivo por tempo determinado.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força Sindical, está negociando com um grupo de empresas paulistas a criação de vagas por prazo limitado.
A intenção é estimular a criação de empregos por tempo determinado, aliviando os custos das empresas. Atualmente, quando uma empresa precisa aumentar a produção, ela aumenta o número de horas extras pagas aos funcionários.
A proposta apresentada aos empresários inclui a redução da jornada de trabalho e o pagamento proporcional do descanso semanal remunerado. Esse benefício pesa 18,92% na folha de pagamento.
Segundo o presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o contrato temporário pode ser assinado na quarta-feira. Ele aguarda a decisão das empresas, que discutem a proposta.
Paulinho disse que a assinatura do contrato temporário será feita entre os sindicatos e as empresas. O trabalhador não poderá aderir individualmente. O prazo também vai ser negociado entre as partes.
Os direitos sociais, como 13º salário, férias e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), estarão garantidos. Segundo Paulinho, o trabalhador terá o FGTS depositado em uma conta bancária à parte. Ele terá a mesma remuneração dos títulos bancários.
Nesse caso, o contrato beneficia apenas o trabalhador, que poderá sacar os recursos quando rescindir o contrato. Essa mudança é indiferente para a empresa.
Paulinho disse que as empresas estarão isentas do pagamento de alguns encargos sociais, como as contribuições para o chamado "sistema S" (Senai, Sesi, Sebrae, Sesc e Senar), salário-educação e seguro contra acidente de trabalho.

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