São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Sarah Kubitschek, 87, morre de enfisema pulmonar em Brasília

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Morreu ontem, às 16h10, a primeira-dama Sarah Kubitschek, 87, em consequência de um enfisema pulmonar. Era viúva do presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), que governou de 1956 a 1961.
Ela teve uma parada cardíaca na sexta-feira, quando fazia uma tomografia (exame com imagens) para diagnosticar a razão de dores que sentia no abdômen.
Foi imediatamente internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Santa Luzia, onde estava ontem quando sofreu uma segunda parada cardíaca.
Segundo os médicos, Sarah tinha um coração saudável. Ele só parou de funcionar pela ineficiência do pulmão em oxigenar o sangue, causada pelo enfisema.
A primeira-dama morreu inconsciente, respirando com a ajuda de aparelhos. Segundo a família, ela não sabia que estava doente e levava uma vida sem restrições, trabalhando e morando só.
Ela participou das duas últimas eleições presidenciais, na primeira apoiando Fernando Collor e depois, Fernando Henrique Cardoso. Sarah era presidente do Memorial JK, um centro cultural em homenagem ao presidente que fundou Brasília e administrava uma verba de R$ 280 mil anuais.
O corpo será velado no memorial e o enterro será hoje, às 16h30, no cemitério Campo da Esperança, ao lado do túmulo de Juscelino Kubitschek.
Há seis anos, Sarah mudou-se do Rio para Brasília, onde vivia em um apartamento alugado. Segundo o ex-deputado Paulo Octávio, ela não deixou patrimônio. Tinha duas filhas, Maristela e Márcia (ex-vice-governadora do Distrito Federal), e sete netos.
O presidente Fernando Henrique Cardoso, que passou o dia em sua fazenda em em Buritis (MG), chegou ao hospital às 19h50. Cumprimentou a filha Márcia e visitou o necrotério. O governador do Distrito Federal, Cristóvam Buarque (PT), também foi ontem ao hospital às 18h30.

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