São Paulo, quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996
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Primeiro da USP se assusta com aprovação

HENRIQUE FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro colocado da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), Nicolas Soudki Saad, 18, não tinha certeza de ter sido aprovado no concurso: "Eu fiquei surpreso. Achei que tinha ido mal na prova de matemática."
Saad, que ingressou no curso de engenharia de produção da Escola Politécnica da USP, estudou no Colégio Bandeirantes e não fez cursinho. Ele fez 139 pontos na primeira fase do exame, em 159 pontos possíveis.
Como a pontuação máxima difere de acordo com a carreira, a classificação geral foi obtida adaptando-se as notas a uma escala de zero a mil pontos. Nessa escala, ele fez 879,3 pontos.
"Não deixei de me divertir por causa do vestibular. Estudei bastante, mas havia sempre um tempo para sair com minha namorada."
O primeiro colocado tem outro motivo para estar contente: "Meu pai decidiu me dar um carro para eu ir à faculdade." O pai, Soudki Saad, é dono de confecções no Brás (região central de São Paulo).
Saad encabeça a lista dos 20 aprovados que obtiveram pontuação superior a 800. Todos os candidatos tiveram em comum pelo menos 62,38% dos pontos.
Na lista, só há nomes do sexo masculino. "Em 95 também só havia homens", afirmou José Atílio Vanin, vice-diretor da Fuvest.
O segundo colocado, Leonardo Marques Monteiro, 19, conseguiu pontuação superior à de Saad na primeira fase: 142 pontos. Na escala de zero a mil, fez 869,9.
Ele prestou medicina, estudou no colégio Singular, em Santo André, e chegou a cursar um ano de administração na USP. Em 95, abandonou o curso. "Fiz um ano de cursinho. Em casa, só estudava de madrugada. O estudo rende."

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