São Paulo, quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996
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EUA registram menor déficit em 20 meses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os Estados Unidos registraram déficit comercial (importações menos exportações) de US$ 7,06 bilhões em novembro, o menor desde março de 94, informou ontem o Departamento de Comércio.
A cifra é 13,5% inferior ao déficit de outubro (US$ 8,16 bilhões).
Os dados de novembro revelam significativo aumento das vendas de aviões, peças para computador e produtos bélicos para a Arábia Saudita e para a Grécia.
Segundo o Departamento de Comércio, o déficit comercial com o Japão caiu para US$ 4,1 bilhões em novembro, menor cifra desde maio de 93.
Com a China, o resultado também melhorou. O déficit norte-americano foi de US$ 2,7 bilhões, em novembro, contra US$ 3,6 bilhões no mês anterior.
O México, porém, continua aumentado seu superávit com os Estados Unidos à custa da desvalorização do peso.
Em novembro, o fluxo comercial entre os dois países deu resultado positivo de US$ 1,7 bilhão para o México, o maior desde março do ano passado.
Outro latino-americano que vem obtendo vantagem no comércio com os Estados Unidos é a Venezuela. O país registrou superávit de US$ 492 milhões no fluxo bilateral, em novembro, contra US$ 323 milhões, em outubro.
No caso do Brasil, aconteceu o inverso. O superávit norte-americano subiu de US$ 133 milhões, em outubro, para US$ 243 milhões, em novembro.
Analistas acreditam que a queda do déficit comercial deverá ajudar o presidente Bill Clinton em sua campanha pela reeleição.
Chris Iggo, economista do Chase Manhattan, diz, porém, que o fato é uma faca de dois gumes.
"A desaceleração do crescimento das importações é reflexo do fraco movimento econômico de 95", explica ele.
No setor agrícola, os Estados Unidos mantiveram resultado positivo, que inclusive cresceu 4,5% com relação a outubro, atingindo US$ 2,7 bilhões. Isso graças ao aumento das exportações de milho, soja e óleo vegetal.

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