São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996
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Emenda chega ao plenário amanhã

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os tucanos já tinham confirmadas ontem as presenças de 68 dos 84 parlamentares da sua bancada na Câmara para a sessão de amanhã, em que será lido o parecer do relator da reforma da Previdência. Para que a reforma não atrase mais, a sessão precisa ter no mínimo 308 deputados.
As lideranças governistas passaram o final de semana mobilizando suas bancadas para essa sessão. O PSDB está convocando seus parlamentares por meio de telegramas e pelo telefone.
"A sessão não pode cair por falta de quórum. Até porque, feita a leitura, é quase certo que alguém da oposição vai pedir vista do parecer do relator e serão precisos mais uns dois dias de prazo", disse ontem o líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP).
Por causa da ação da oposição, a reforma da Previdência só deve mesmo ser votada no plenário da Câmara depois do Carnaval, dia 27 de fevereiro, uma terça-feira.
Na semana passada, com a renúncia do deputado Jair Soares (sem partido-RS) à presidência da comissão especial, o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), determinou que a reforma fosse para o plenário.
O líder do PSDB disse que o partido vai tentar reduzir privilégios no sistema previdenciário.
"A meta é aprimorar essa questão dos privilégios. Precisamos mexer na questão dos funcionários de carreira, no IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas) e outros privilégios", disse.
O relator da reforma, Euler Ribeiro (PMDB-AM), manteve em seu parecer o privilégio dos funcionários públicos do alto escalão -juízes, procuradores, fiscais etc- poderem se aposentar com o último salário integral. Basta que tenham permanecido nos últimos dez anos na carreira.

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