São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996
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Roberto Lopes sonha com festa

DO ENVIADO AO RIO

Roberto Lopes, 29, já imagina uma "grande festa" em 28 de julho, dia em que acontece a final do vôlei de praia em Atlanta-96.
Vencedor do circuito 93/94, quando esse tinha só três etapas, o cearense da cidade de Bacabal voltou a conquistar o título mundial ontem, no Rio.
Roberto Lopes cuida mais do fundo de quadra de sua dupla, e o resultado é que ele foi considerado o melhor defensor da etapa do Rio.
Nos seis jogos, conseguiu recuperar 41 bolas.
A divisão de funções tem a ver também com a altura -Franco mede 1,92 m, sete centímetros a mais que seu parceiro.

Folha - Você é campeão mundial. O vôlei de praia aparece mais forte do que o vôlei de quadra. Isso não cria uma pressão? Como está se preparando psicologicamente?
Roberto Lopes - Primeiro, temos que nos preparar bem. Isso dá segurança na hora de competir. Quando a competição se aproximar, vou procurar ficar relaxado. Folha - Você já imagina uma final brasileira em Atlanta?
Roberto - A festa vai ser muito grande. O Brasil entraria na final sabendo que iria ficar com as medalhas de ouro e prata.
Folha - O jogo seria como o de hoje? Como você analisa essa final?
Roberto - Apesar do placar, não foi uma partida fácil. Mas uma coisa fez a diferença: sábado à noite, vi na televisão que ele (Zé Marco) não esteve bem na semifinal. Decidimos que tínhamos que aproveitar isso.
Folha - Uma final com duplas brasileiras acabou dividindo a torcida.
Roberto - Mas foi uma decisão entre duas duplas que mereciam estar lá. As duas são as líderes do ranking e chegaram invictas dentro da etapa.
Folha - Além do Brasil e dos EUA, alguma outra dupla tem chances de medalha na Olimpíada?
Roberto - Os noruegueses, que já demonstraram que têm potencial. Além deles, a Argentina e o Canadá estão evoluindo muito.
Folha - Como derrotar os norte-americanos?
Roberto - Eles vão entrar com tudo por jogar em casa, mas podemos superá-los.

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