São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996 |
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Roqueiro começou como pintor
DA REPORTAGEM LOCAL Ron Wood, 49, não começou sua carreira em estúdios de gravação ou fazendo shows de rock. Antes de ficar famoso empunhando a guitarra que já foi de Mick Taylor, ele se formou no Ealing Art College e começou a trabalhar com pintura, como aprendiz, seguindo a tradição da família de artistas plásticos.Wood abandonou esta carreira, mas mesmo no cenário musical realizou alguns trabalhos como artista gráfico. Fez ilustrações e cenários de poemas inéditos de Rod Stewart na época em que tocava com ele no The Faces. Só em 1984 as artes plásticas voltaram a ser prioridade para o guitarrista. Ele fez um curso de gravuras em madeira e monotipias em São Francisco. Ali começou a produzir retratos de músicos como John Lennon, Jimmy Hendrix, Marvin Gaye e Muddy Watters. Sua estréia, no mesmo ano, foi com uma exposição em Dallas. Mas a música ficou como seu tema básico. Em 1987 fez uma retrospectiva de estrelas do jazz dos últimos 50 anos, em Londres, promovida pela Christie's Contemporary Arts. A mostra chamada "Decades" teve orientação de Bernard Pratt, um mestre gravurista de Kent, na Inglaterra, que continua a acompanhar o trabalho de Wood. Gravuras, desenhos e aquarelas já fizeram parte das experiências do músico, que confessa sua inspiração em trabalhos de Andy Warhol. Depois da turnê Voodoo Lounge, o guitarrista começou uma nova produção. Agora ele faz fotogravuras, sempre orientado por Bernard Pratt. Segundo Pratt, Wood é tão ocupado com sua carreira musical que trabalha rápido, e tem a colaboração de seu professor na montagem das gravuras em seu atelier. São trabalhos produzidos a partir de aquarelas ou desenhos em pastel ou grafite. Depois tratados com processos de reprodução fotográfica que utilizam filmes e provas em 20 a 35 telas. Um exemplo é a série "Stones Rehearsing in Ireland". A exposição de Wood, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, tem curadoria de Milu Vilella, presidente do Museu. Texto Anterior: Ron Wood retrata cenas e ícones do pop Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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