São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 1996
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Clubes europeus mantêm limite a estrangeiros até fim da temporada

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Clubes de países europeus fizeram acordo para manter até o fim da temporada o limite de três estrangeiros por time, incluindo nessa categoria jogadores da União Européia (UE) que atuem fora de seu país.
A temporada termina no final do primeiro semestre.
Anteontem, a Uefa (Confederação Européia de Futebol) concordou em acatar a decisão da Corte Européia que, julgando o caso do jogador Jean-Marc Bosman, declarou ilegais as restrições a jogadores da UE.
A Uefa -que só reconheceu a sentença após ser ameaçada de multa pela Comissão Européia- determinou a aplicação "imediata" no futebol do princípio da livre circulação de trabalhadores dentro da UE.
Nos bastidores, porém, a entidade estimulou o acordo de cavalheiros entre os clubes.
Na Itália, o acerto envolveu times da primeira e da segunda divisões. Times como Milan e Roma, que seriam favorecidos nos torneios europeus que disputam, se comprometeram a manter o limite.
Acordo semelhante foi feito entre os clubes alemães.
Na Espanha, a liga inicialmente seguirá a velha regra, mas admite mudar de posição em breve.
O brasileiro Mauro Silva, os argentinos Fernando Redondo e Diego Simeone e outros sul-americanos que atuam no país iniciaram processos de naturalização para se tornarem jogadores comunitários.
As ligas de Inglaterra, Escócia, Irlanda e Holanda deixaram de considerar atletas da UE estrangeiros logo após a sentença Bosman.
Com a decisão de anteontem da Uefa, os clubes desses países ficaram autorizados a escalar, em competições européias, jogadores comunitários sem considerá-los estrangeiros -o que só pretendem fazer na próxima temporada.
Em Portugal, quatro equipes -Benfica, Chaves, Braga e Campomaiorense- poderiam tirar proveito da nova regra.
Mas os clubes optaram por aguardar pronunciamento da federação nacional sobre o assunto.

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