São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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Lavando as mãos; Sozinho na fogueira; Sol nascente; Almoço de gala; Dança partidária; Efeito grampo; Bolso vazio; Minha gente; Partido alto; Sondagem eleitoral; Tema sem fim; Barrado no baile; Concorrência desigual; Parada dura; Imbróglio malufista; Debate eleitoral; Gato escaldado

Lavando as mãos
Em almoço sigiloso ontem com líderes da Fiesp, Paulinho, da Força Sindical, buscou apoio ao acordo para contratar sem carteira assinada. Simpáticos à idéia, os empresários recuaram. Vêem muitos problemas jurídicos no projeto.

Sozinho na fogueira
A Fiesp aguarda até terça para ver quais propostas saem da reunião de Paulinho, da Força Sindical, com Paulo Paiva (Trabalho). Lideranças da entidade reclamam que a Fiesp está perdendo tempo e já deveria ter entrado no debate.

Sol nascente
A Honda prometeu à ministra Dorothea Werneck (Indústria e Comércio) que lança a pedra fundamental de sua fábrica no Brasil no início de março. Mas guarda segredo sobre o local, que é disputado a tapas por seis Estados.

Almoço de gala
Na escala de sua ida ao Japão, no dia 10 de março, em São Francisco (EUA), Fernando Henrique oferecerá almoço a Edmond Safra e sua mulher. FHC e Ruth Cardoso receberão o banqueiro na suíte presidencial do Hotel Westin.

Dança partidária
Vendo que o PFL não abrirá mão da Comissão de Agricultura na Câmara, o PT já desistiu da disputa. Agora, quer a presidência da Comissão de Trabalho, que o tucanos também reivindicam.

Efeito grampo
Prefeito de Rio Branco, Jorge Viana (PT-AC) assentou 200 famílias sem-terra ao custo de R$ 5 mil cada. Levou o projeto ao Incra, que gasta nove vez mais. "O Francisco Graziano caiu e esqueceram a proposta", diz Viana.

Bolso vazio
O controle de gastos deixou a Polícia Federal numa sinuca de bico. Prestes a instalar uma divisão para fiscalizar as empresas de segurança privada, há oito meses a PF não paga a companhia encarregada da proteção de suas sedes.

Minha gente
Euclides Mello, diretor-presidente das Organizações Arnon de Mello (da família Collor), encontra sempre, quando vai a Brasília, o senador Renan Calheiros (PMDB), ex-aliado e atual arquiinimigo do ex-presidente.

Partido alto
O número de "bancadas de interesse" no Congresso equivale ao de partidos políticos registrados na Câmara: 16. O estudo é do cientista político Murilo Aragão, que prepara livro sobre os grupos de pressão no Parlamento.

Sondagem eleitoral
O TSE inicia dia 29 uma série de encontros para colher opiniões a fim de elaborar uma campanha de esclarecimento para as eleições municipais deste ano. A primeira reunião será com jornalistas.

Tema sem fim
O Planalto continua apagando o incêndio provocado pelas críticas de FHC aos partidos. Líderes governistas receberam fax com a íntegra do que o presidente disse no México. Auxiliares de FHC acham que ainda haverá mais polêmica.

Barrado no baile
O embaixador Sérgio Amaral tinha tudo pronto para desfilar por uma escola no Carnaval do Rio. Na última hora, foi interceptado pelo Planalto, que não achou prudente ver o porta-voz de FHC evoluindo pela Marquês de Sapucaí.

Concorrência desigual
Para Esperidião Amin (PPB), a política industrial do governo "está exportando emprego". Diz ter visto em Blumenau e Joinville (SC), onde há grandes malharias, camisetas chinesas vendidas a preço mais baixo que as nacionais.

Parada dura
Dos cinco pré-candidatos peemedebistas à prefeitura paulistana, só João Leiva e Alberto Goldman têm chances. Leiva possui mais apoio no partido. Um cacique do PMDB acha, porém, que vai ser difícil ganhar a eleição.

Imbróglio malufista
Pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PPB, Celso Pitta enfrenta um novo obstáculo. Roberto Paulo Richter, Lair Krahenbuhl e Salim Curiati, que também postulam a indicação, se uniram contra o secretário de Finanças.

Debate eleitoral
Começa hoje em Assunção, no Paraguai, "A Primeira Jornada Eleitoral do Mercosul". Ministros de tribunais superiores dos quatro países trocarão experiências.

Gato escaldado
Escolhido para integrar o Conselho Federal de Educação, o filósofo José Arthur Giannotti chega segunda a Brasília prevenido contra eventuais críticas: "Fui eleito. Ninguém venha me dizer que estou aqui por ser amigo do rei".

TIROTEIO
De Paulinho, da Força Sindical, sobre a afirmação de Guiba, da CUT, que considera "imoral" o acordo que prevê contratação sem carteira assinada:
- Imoral é a CUT, que não apresentou nenhuma proposta para combater o desemprego. Eles gostam de discurso. Nós agimos.

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