São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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Transporte de reator pára 7 km da Dutra

DA FOLHA VALE

A via Dutra teve congestionamento de até 7 km durante toda a manhã de ontem, entre Caçapava (105 km a nordeste de SP) e São José dos Campos (97 km a nordeste de SP). A causa foi o transporte de um reator de 557 t e 94 m de comprimento, que está sendo levado a Cubatão (Baixada Santista), onde deve chegar em 23 dias.
As três carretas usadas no transporte viajam a 10 km/h, o que causou engarrafamentos em vários pontos da Dutra. O reator tem 7 m de largura e ocupa praticamente toda a pista. O tráfego só foi liberado na entrada de São José porque o transporte foi suspenso.
Segundo o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Lencioni, a próxima parada das carretas seria no pedágio de Guararema.
Como o transporte de peças de grande porte só pode ser feito durante o dia, a viagem das carretas teve que ser suspensa.
Os usuários da Dutra reclamaram da demora na liberação do tráfego. "Eles deveriam fazer isso à noite", disse o médico Renato Dias, que seguia para São Paulo.
A polícia rodoviária havia montado um esquema especial para evitar acidentes na Dutra. Três carros da polícia rodoviária acompanhavam as carretas em comboio e "seguravam" a fila de carros.
A cada 10 km percorridos, as carretas, que viajaram 46 km em dois dias, desviavam para a marginal para dar passagem aos carros.
Acidente
Duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um acidente entre um ônibus, um caminhão e um carro no km 60 da rodovia, em Guaratinguetá (177 km a nordeste de SP), na noite de anteontem.
Um caminhão que viajava na pista São Paulo-Rio cruzou o canteiro central e atingiu um Passat, que foi prensado contra um ônibus. Os motoristas do caminhão e do Passat morreram.
As duas pistas foram interditadas. O sentido Rio-São Paulo teve 4 km de trânsito. No sentido contrário, o tráfego ficou lento.

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