São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996 |
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Supermercados têm venda fraca no Carnaval
MAURO ZAFALON
As vendas fracas se refletiram nos preços. Durante a semana de Carnaval, os supermercados praticamente não reajustaram preços. A alta foi de apenas 0,11%. Nos hipermercados, os reajustes foram um pouco mais salgados: 0,85%. Na semana anterior ao Carnaval, esses estabelecimentos tinham registrado os maiores aumentos do ano: 1,3%. Os dados são do Datafolha, que pesquisa cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. Ao todo, foram feitas 6.998 coletas de preços. A previsão é de reajustes moderados também nas próximas semanas. Alguns produtos básicos, como o arroz, estão chegando aos supermercados com queda de 10% nos preços. Ela se deve à chegada da safra do Rio Grande do Sul. Além do arroz, o consumidor paulista está pagando mais barato pelo feijão, o item de maiores aumentos de preços no início do ano. O período mais forte de entressafra dos hortifrútis está terminando. Os preços desses produtos caíram 0,6% nos supermercados na semana. Desde janeiro, no entanto, acumulam alta de 40,9%. As carnes, puxadas pela suína, voltaram a subir 1%, repetindo o comportamento da semana anterior. Apesar desse aumento, os preços atuais ainda são 2% inferiores aos do início de janeiro. O paulistano começa a pagar mais caro também pela farinha. Só agora a maioria dos supermercados está repassando para os consumidores os aumentos recebidos das indústrias no mês passado. Mas, se alguns alimentos estão com preços favoráveis, o mesmo não ocorre no setor de limpeza e de higiene. Em média, subiram 1,8% na semana (4,6% no ano). O custo dos alimentos básicos subiu 1,13% na semana, conforme outra pesquisa do Datafolha. Esta taxa foi puxada apenas pela carne suína, que ficou 12,3% mais cara. O custo da cesta básica do Dieese/Procon subiu 1,2% na semana. Texto Anterior: Governo estuda incluir INSS em cadastro único da Receita Federal Próximo Texto: Juros nos EUA voltam a pressionar Bolsas Índice |
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