São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996 |
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Buchanam tenta melhorar imagem de radical
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Em artigos de jornais americanos e no programa "Crossfire", que ele ancorou na rede de televisão paga CNN (e que podia ser visto no Brasil até algum tempo atrás), Buchanan atacava com frequência mulheres, homossexuais, judeus, negros e também outros grupos sociais. Em 1991, por exemplo, disse na TV: "Se tivéssemos de receber um milhão de imigrantes no ano que vem e pudéssemos escolher entre zulus e ingleses, quem vocês acham que seriam melhor assimilados pelo país?". Com frequência, ele se referiu com orgulho a seus ancestrais por terem sido donos de escravos. Ele nega ser anti-semita, mas escreveu em 1992 que "os sobreviventes do Holocausto vivem fantasias coletivas de martírio e heroísmo" ao criticar o uso de verbas públicas americanas para o Museu do Holocausto. Sobre mulheres, escreveu, em 1983, que elas "simplesmente não foram dotadas pela natureza com as mesmas medidas de ambição e com o mesmo desejo de vencer (dos homens) no mundo competitivo do capitalismo". Imigrantes hispânicos foram chamados por Buchanan várias vezes de "Josés", de maneira indisfarçavelmente depreciativa. Muitas vezes, o candidato a candidato republicano prometeu "defender os valores cristãos" da "lixeira do multiculturalismo". A respeito dos homossexuais, escreveu em 1994: "Eles querem desfilar nus em frente da Catedral de Saint Patrick (em Nova York), bagunçar a Santa Missa aos domingos, fornicar nos altares e vandalizar as igrejas e acham que devem ter esses desejos protegidos pela Constituição". (CELS) Texto Anterior: Dole recusa tom moderado contra Buchanan Próximo Texto: Perot sugere candidatura Índice |
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