São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Menem deve discutir morte de freiras em visita a Paris

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O destino do capitão-de-fragata argentino Alfredo Astiz e a memória dos franceses deverão ser os principais motivos de contrariedades do presidente Carlos Menem na visita que inicia hoje a Paris.
Esses contratempos poderão inclusive causar obstáculos ao cumprimento da meta principal de sua viagem -atrair maior volume de investimentos a seu país.
O caso Astiz continua vivo na Argentina e na França. Trata-se de um oficial argentino julgado à revelia pela Justiça francesa e condenado em março de 1990 à prisão perpétua pelo sequestro das freiras Alice Domon e Léonie Duquet.
Elas atuavam em organizações argentinas de defesa dos direitos humanos e desapareceram em 77, no governo militar (1976-83).
Com a transição democrática, Astiz foi julgado por seus crimes -também é responsável pelo desaparecimento da escandinava Dagmar Hagelin- e absolvido.
O advogado das famílias das freiras, Horácio Carreras, deve solicitar hoje à Justiça a reabertura do caso, com base em declarações do ex-capitão-de-corveta Adolfo Scilingo de que as freiras morreram afogadas.

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