São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Brasil perde duas vagas do judô na Olimpíada

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil perdeu duas vagas na competição feminina de judô na Olimpíada de Atlanta.
A Confederação Brasileira de Judô foi notificada oficialmente pouco antes do Carnaval.
A decisão foi da União Pan-Americana, que, por iniciativa do norte-americano Frank Fullerton, diretor-técnico, "fez nova interpretação do sistema de ranking".
Antes, os pontos do ranking eram contabilizados por país. Agora, passam a ser individuais.
A equipe brasileira não terá representante nas categorias meio-leve (de 52 a 56 kg) e meio-pesado (de 66 a 72 kg).
Disputariam as vaga, em março, na seletiva final, as judocas Carla Melo (SC) e Patrícia Bevilácqua (SP), no meio-leve, e Denise de Oliveira (RJ) e Valéria Brandino (SP), no meio-pesado.
O presidente da Confederação Brasileira, Joaquim Mamede Jr., afirmou que a entidade já recorreu da decisão, mas também acha difícil que o país recupere as vagas.
Tanto que as quatro atletas foram liberadas. A elas foi dada chance de disputar nas categorias acima ou abaixo de seus pesos.
Carla Melo deve disputar na ligeiro. Denise optou pelo pesado. As outras duas desistiram.
O técnico da equipe feminina, Geraldo Bernardes, que está na Áustria com uma equipe brasileira que se prepara para a seletiva, considerou "chata" a situação das quatro atletas.
A seletiva nacional, que define a equipe, está marcada para o dia 30 de março, no Rio de Janeiro.
A equipe nacional em Atlanta será formada por 12 atletas -7 no masculino e 5 no feminino.
A reunião
O brasileiro Sérgio Bahi, presidente da Confederação Sul-Americana, participou do encontro da União, em Caracas (Venezuela), e foi o único a votar pela manutenção do sistema de pontuação.
Outros seis dirigentes da União Pan-Americana votaram a favor da mudança na interpretação.
"É praticamente impossível que a entidade reavalie sua decisão. O Brasil deve ter mesmo 12 judocas nesta Olimpíada", afirmou Bahi.
Foram favorecidos pela decisão Canadá e Venezuela, que "herdaram" as vagas do Brasil.
"Houve uma mudança nas regras do jogo. E a CBJ chegou até onde poderia chegar", disse Sylvio Abreu, superintendente-técnico da entidade.

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