São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Sistema embute informações em imagens

ANA MARIA GUARIGLIA
ENVIADA ESPECIAL A LAS VEGAS

O novo sistema fotográfico APS -sigla em inglês para sistema avançado de fotografia- foi a grande atração da 72ª feira da Photo Marketing Association (PMA), realizada na semana passada, em Las Vegas (EUA).
O evento reúne anualmente as grandes empresas mundiais da área de fotografia. Neste ano, sete delas lançaram equipamentos APS: Kodak, Nikon, Canon, Fuji, Minolta, Agfa e Ansco.
A Kodak apresentou cinco modelos. O mais simples é o Advantix 2.000, com foco fixo. As versões da Nikon são a Nuvis Mini e a Nuvis 75i, com objetiva zoom.
A Canon tem apenas o modelo Elph, com zoom 24-48 mm e foco automático. A Fuji apresentou várias versões, como a Endeavor 300 Zoom, com objetiva 30-90 mm.
A Minolta lançou seis câmeras compactas, batizadas de Vectis.
Seguindo os passos da Kodak e da Fuji, que apresentaram filmes para o novo sistema, a Agfa lançou o filme Agfacolor Futura e a câmera Agfa Easy.
A Ansco Optical mostrou as compactas H20 e HM20, com objetivas de foco fixo.
Todas as câmeras trazem basicamente as mesmas características exigidas pelo sistema.
A começar pelo filme, que é colocado na máquina sem que seja necessário puxar o negativo para engatá-lo no carretel de tração.
Há três formatos de fotos: clássico, panorâmico (com ângulo de visão de 180 graus, abrangendo maior porção da imagem) e HDTV, que produz imagens para serem vistas em aparelhos de TV e, futuramente, em computador.
Cada fotograma do filme pode conter 410 bytes de informação, que são gravados na sua borda magnética. A leitura dos dados indica as situações em que a foto foi tirada, como tipo de luz e exposição, horário etc.
Essa leitura é realizada no laboratório na hora da revelação do filme, e as imagens saem perfeitas.
O filme é entregue no rolo original, sem o negativo à parte. Dessa forma, o usuário não tem contato com o negativo.
O preço do filme de 15 fotos ficará em torno de R$ 12, e seu processamento será implantado no Brasil a partir de junho.
Devido às suas características, as empresas estão anunciando para futuro próximo a conexão dos filmes em equipamentos digitais para impressão de textos, gravação de vozes e transmissão eletrônica.
O sistema não pretende acabar com o uso do filme 35 mm, mas mostrar as vantagens do filme tradicional químico combinado com novas tecnologias.

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