São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996 |
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Conselho de Segurança ignora chanceler cubano
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Apesar da disposição do representante da China de só deliberar depois de ouvir Robaina, prevaleceu a tese dos EUA (que presidem o Conselho no mês de fevereiro, numa esquema de rotatividade) de resolver antes de ele chegar. Robaina diz dispor de provas de que os dois aviões da Irmãos para o Resgate invadiram de forma deliberada o espaço aéreo cubano. Ele pediu que a Assembléia Geral da ONU seja convocada para discutir o assunto. As chances de que seja atendido são mínimas. Para os EUA, não importa onde os aviões estavam porque a Convenção de Chicago proíbe que aviões civis sejam abatidos por aparelhos militares. Robaina também argumenta que a Irmãos para o Resgate vinha realizando sucessivos atos de provocação contra Cuba e tem como objetivo desestabilizar o governo. O ato de sábado, nesse raciocínio, foi de legítima defesa. O governo dos EUA admite ter tentado restringir os vôos da Irmãos para o Resgate, com o objetivo de evitar novos incidentes. Cuba argumenta que deu diversos avisos nos últimos meses à entidade de que se as invasões de seu espaço aéreo não cessassem, medidas duras poderiam vir a ser tomadas contra os aparelhos que as realizassem. O governo dos EUA reconhece que Cuba mandou quatro notas diplomáticas ao Departamento de Estado para alertar que não iria mais tolerar invasões de seu espaço aéreo e pedia a intervenção norte-americana para elas pararem de ocorrer. Mas o Departamento de Estado também diz ter respondido a Cuba com um pedido para que não retaliasse com violência contra a entidade. Texto Anterior: Operadora de TV a cabo é comprada por US$ 10,8 bi Índice |
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