São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996 |
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Israel exige ação de Arafat contra radicais e ameaça atrasar retirada
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, ameaçou ontem atrasar a retirada israelense de Hebron (Cisjordânia) se o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, não promover ação contra grupos radicais palestinos.A ameaça ocorre dois dias após dois atentados reivindicados pelo Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) que deixaram 27 mortos e 85 feridos em Israel. "Esperamos que Arafat cumpra a sua parte. Se não, nós teremos de considerar muitas coisas, inclusive talvez Hebron", disse. "Sentimos, e eu já falei que ele terá de desarmar o Hamas, a Jihad (Guerra Santa) Islâmica e outros grupos que estão lidando com o terror, e ele terá de prender um grupo de pessoas que está comandando as atividades." Peres havia dito pouco depois dos atentados, no domingo, que manteria o processo de paz. A retirada parcial de Hebron, cidade onde moram cerca de 400 judeus, deve ocorrer em março. Estava prevista para ontem à noite a entrega das reivindicações do governo israelense a Arafat para combater o terrorismo. O ministro da Segurança Interior de Israel, Moshe Shahal, disse que o atropelamento de 23 pessoas em Jerusalém anteontem, que deixou um morto, foi provavelmente um atentado. O motorista foi assassinado. Após o atropelamento, a polícia disse que seria acidente. Um bilhete da Jihad Islâmica foi encontrado no carro do palestino que o conduzia, e, segundo a investigação, o carro não apresentava problemas mecânicos. Texto Anterior: Oposição acusa Iraque de ação para eliminar família de genros Próximo Texto: Queda de avião militar no Sudão mata 70 Índice |
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