São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Magalhães Teixeira morre aos 58; FHC envia representante a enterro

Fernando Henrique e Magalhães Teixeira, no mês passado

GUILHERME BUSCH
EDITOR DA FOLHA SUDESTE

O prefeito de Campinas, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), 58, morreu ontem às 16h20 no Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas.
A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória, resultante do agravamento de seu quadro de saúde. Magalhães Teixeira estava internado no HC desde a noite da última segunda-feira para tratamento de um câncer no fígado.
O corpo seria velado, a partir das 0h de hoje, no saguão principal da Prefeitura de Campinas. O enterro está marcado para as 17h no Cemitério Parque Flamboyant.
O presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou ontem uma nota lamentando a morte do prefeito.
Ele disse ter ficado "triste" com a perda do "amigo e companheiro". O ministro-chefe do Gabinete Civil, Clóvis Carvalho, vai representar FHC no enterro.
O Senado aprovou ontem à noite um voto de condolências à família do prefeito de Campinas. Um grupo de senadores foi designado para acompanhar o enterro.
O presidente do PSDB, Artur da Távola (RJ) lamentou a morte e disse que Teixeira era "o melhor de todos nós": "Talvez por isso ele tenha sido chamado antes".
Teixeira nasceu em 18 de junho de 1937. Cirurgião-dentista, formou-se em odontologia pela PUC de Campinas em 1961. Foi líder estudantil na universidade.
Seu primeiro mandato eletivo foi de vereador de Campinas no período de 1968 a 1973. Foi eleito pelo então MDB. Teixeira foi vice-prefeito de Campinas na chapa de Francisco Amaral de 77 a 83.
Nesta gestão, acumulou o cargo de secretário municipal da Cultura e assumiu a prefeitura interinamente de 1979 a 1981. Foi eleito suplente de senador na eleição de 1978 (quando Franco Montoro se elegeu e Fernando Henrique Cardoso ganhou a primeira suplência).
Em 1982, foi eleito prefeito da cidade. Rompeu com o grupo de Orestes Quércia, que apoiou outro candidato do PMDB, o ex-vereador José Maccaratto.
Durante sua gestão, liderou o apoio dos prefeitos do interior à candidatura de FHC pelo PMDB à Prefeitura de São Paulo em 1985. Nas eleições de 1986, foi contrário à candidatura de Orestes Quércia.
Nessa ocasião apoiou o candidato do PTB ao governo do Estado de São Paulo, Antonio Ermírio de Moraes. Em maio de 1988 saiu do PMDB para fundar o PSDB local.
Em 1990 foi eleito deputado federal pelo PSDB. Em 1992 foi eleito para seu segundo mandato frente à Prefeitura de Campinas.

Colaboraram a Sucursal de Brasília e o Banco de Dados

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