São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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'Troquei frascos pelo prazer'

DA REPORTAGEM LOCAL

Estela Santos, 28, deixou a profissão de bioquímica para realizar um velho sonho: fazer filmes eróticos. Para se preparar tecnicamente, fez cursos de cinema na Itália.
"Troquei os frasquinhos de laboratório por uma coisa que me rende prazer e algum dinheiro", define a sua guinada na carreira. Além de dirigir, ela também atua nos filmes.
No ano passado, iniciou-se na nova era da indústria pornô nacional. Para não desagradar a família, usa o sobrenome fictício (Santos) no lugar do verdadeiro, que traz a marca da sua ascendência alemã.
"Meus pais poderiam ficar chateados", diz Estela, que trabalha a todo gás no seu segundo filme -um ensaio pornô sobre a tendência do "lesbianismo chique".
Sempre acompanhada do noivo Alexandre (não revela o sobrenome), a diretora narra a sua obsessão: mostrar, pela primeira vez no país, o sexo explícito a partir do olhar feminino.
O mercado hoje, diz, exige filmes mais explícitos, mas a sua meta é no futuro fazer vídeos que mostrem fantasias sexuais mais sutis.

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