São Paulo, domingo, 3 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Faltam herdeiros masculinos à família imperial japonesa The Independent RICHARD LLOYD PARRY
O governo está tão preocupado com o problema que já despachou enviados a vários países europeus, entre eles o Reino Unido, para estudar uma possibilidade revolucionária: mudar a lei para permitir que uma mulher ocupe o trono. Comparados a seus pares ingleses, os integrantes da família real japonesa são modelos de decoro e discrição. Enclausurados atrás do fosso e dos muros grossos do Palácio Imperial, em Tóquio, eles só aparecem algumas vezes por ano. A obediente mídia japonesa não tolera o jornalismo marrom estilo tablóide, mas os menos reverentes entre os muitos semanários nacionais de notícias estão demonstrando cada vez mais preocupação com a falta de prole imperial. Os rumores sobre uma futura imperatriz pareciam ter sido efetivamente reprimidos pelo Grão-Intendente da Agência da Casa Imperial, Sadame Kamakura. "Não estamos considerando a possibilidade de uma imperatriz. Nosso sistema especifica que o sucessor do trono deve ser homem, e ele está funcionando muito bem." Extra-oficialmente, porém, a agência, um órgão governamental obsessivamente cauteloso, que controla cada aspecto da vida da família imperial, vem estudando a possibilidade há vários anos. O problema se agravou recentemente porque o imperador Akihito não tem netos do sexo masculino. Em 1993, o príncipe herdeiro Naruhito se casou com Masako Owada -ainda não teve filhos. O próximo na linha sucessória é o filho mais jovem do imperador, o príncipe Akishino, que tem duas filhas. Qualquer mudança exigiria emenda parlamentar à Constituição e à Lei da Casa Imperial, que regulamenta os deveres, a conduta e os gastos da família imperial. Texto Anterior: Brasileiro é falso bonzinho Próximo Texto: China dribla proibição a jogo de azar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |