São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Conservação influencia preço

DA REPORTAGEM LOCAL; FREE-LANCE PARA A FOLHA

Encontrar um automóvel antigo para comprar não é difícil. Além dos leilões e dos anúncios classificados, vários colecionadores dizem que são abordados na rua por interessados em vender um carro.
Além disso, é comum acontecerem doações: "Muitos doam o carro para mim porque sabem que será bem-cuidado", diz Og Pozzoli.
Os colecionadores não divulgam o valor dos carros. "Já recusei R$ 50 mil pelo meu Thunder 1956 conversível", diz Dante Forestieri.
Fábio Steinbruch explica que a reforma pode custar mais que o próprio automóvel. Para Og Pozzoli, esse valor depende também da originalidade da restauração. "Um Ford A 1930 pode custar de R$ 500 a R$ 25 mil", diz.
Azarado
Pesquisar o acervo dos colecionadores de carros pode render histórias interessantes.
O ex-presidente Getúlio Vargas tinha dois Rolls-Royce à disposição: um sedã e um conversível.
O sedã não o agradava e foi vendido dias antes de seu suicídio.
O novo dono morreu um mês após ter adquirido o modelo, que foi parar nas mãos de Assis Chateaubriand. Dias depois, o empresário sofreu derrame cerebral. As dívidas de Chateaubriand fizeram o carro voltar às mãos do governo.
O luxuoso carro inglês foi leiloado, e não faltaram interessados. O "felizardo" foi Nilson Carratu, que diz desconhecer o percurso do Rolls-Royce.

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