São Paulo, segunda-feira, 4 de março de 1996 |
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Ibirapuera monitora bichos com chip
HEINAR MARACY
A Divisão de Fauna do Parque do Ibirapuera (zona Sul de São Paulo) está utilizando microchips para catalogar e monitorar seus animais silvestres. O chip (pastilha de silício) está embutido em um aparelho chamado transponder -desenvolvido pela Trovan-, um pouco maior que um grão de arroz e recoberto pelo mesmo material que reveste os marcapassos. Ele é implantado subcutaneamente nos animais por meio de uma agulha hipodérmica. O chip possui um número, que é lido por um aparelho semelhante a um leitor de código de barras. Esse número é armazenado em um banco de dados contendo o histórico e a ficha médica do animal. Com esse sistema, os coordenadores do parque conseguem ter informações precisas sobre todos os animais silvestres sob sua responsabilidade. O chip está sendo implantado em aves, mamíferos e répteis. Segundo Angela Branco Estuny, diretora da Divisão de Fauna da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, a opção pela catalogação eletrônica dos animais foi feita devido à segurança apresentada pelo sistema. "Os sistemas tradicionais que utilizam anilhos (anéis presos nos animais) são pouco eficientes porque eles acabam se perdendo com o passar do tempo. O chip, ao contrário, uma vez implantado sob a pele do animal, fica para o resto de sua vida", diz ela. Para Estuny, o uso do chip de identificação é ideal para animais em cativeiro por facilitar a transferência de dados na hora do transporte e remanejamento dos animais entre instituições. O uso do sistema para monitoração de movimentos migratórios de espécies silvestres criadas em seu próprio meio ambiente, no entanto, não é considerado viável a curto prazo. "O custo para esse uso sairia muito caro". Próximo Texto: Sistema pode ser usado em animais domésticos Índice |
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