São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996
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Novo ataque faz 12 mortos em Israel

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um novo atentado do Hamas deixou pelo menos 13 mortos ontem em Tel Aviv. Um ativista islâmico foi o autor do ataque suicida. Há cerca de cem feridos, incluindo várias crianças.
A explosão aconteceu às 13h56 (10h56 em Brasília) em frente a um shopping center no centro de Tel Aviv, em um dia em que a região estava particularmente movimentada com as comemorações da festa religiosa judaica do Purim.
A polícia disse que o terrorista carregava 15 quilos de dinamite e que desistiu de explodi-los dentro do shopping por causa da presença ostensiva de policiais. A bomba explodiu alguns metros adiante.
Anteontem, um atentado em Jerusalém matou 19 pessoas. Por causa dos incidentes, o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, decretou estado de emergência nos territórios autônomos.
Minutos depois da explosão, a Rádio Israel recebeu um telefonema anônimo, em árabe, dizendo que o palestino Salah Abdel-Rahim Ishaq, 24, de Ramallah (Cisjordânia), fora o responsável pela explosão da bomba, que estava atada a seu corpo. O Hamas anunciou que vai continuar com os atentados.
Um outro explosivo foi encontrado minutos depois e desativado. As pessoas tiveram que ser retiradas dos prédios da área.
Um segundo telefonema, também anônimo, disse que a bomba era de responsabilidade de outro grupo, a Jihad Islâmica (Guerra Santa), que atuaria com o Hamas.
A explosão criou uma imediata onda de reações em todo o mundo. O presidente dos EUA, Bill Clinton, que clama para si o sucesso do acordo de paz, disse em uma coletiva que "o terror não deve triunfar". "Vamos novamente registrar a nossa determinação nesse sentido. Não devemos aceitar isso", afirmou.
O secretário-geral da ONU, o egípcio Boutros Boutros-Ghali, também protestou contra a "matança sem sentido".

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