São Paulo, sábado, 16 de março de 1996 |
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"É falso comparar só o investimento"
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Os investimentos são o grupo de despesa com maior mobilidade dentro do Orçamento. São programas que podem variar de ano para ano. É onde o governo pode estabelecer suas prioridades. Já o custeio agrega despesas de caráter permanente. Os gastos com custeio do setor educacional cresceram 30,2% entre 94 e 95. A alta foi muito maior do que o crescimento global da despesa da Educação, 11,9%. O gasto com pessoal ligado à área cresceu 11,7%. Transferências Como exemplo da transferência de verbas entre rubricas, o ministro diz que cerca de R$ 200 milhões do programa de repasse de recursos para Estados e municípios que eram computados como investimento em 94 passaram para o grupo custeio em 95. Isso, entretanto, é menos da metade do que a redução nos investimentos do setor. Paulo Renato diz que, de fato, houve cortes nos investimentos, como nas universidades federais. Mas outros programas também foram cortados. O programa de construção dos Caics (a cópia dos Cieps de Brizola feita por Collor e, depois, por Itamar) foi reduzido à metade. Perdeu R$ 265 milhões. A expansão do ensino técnico perdeu R$ 16 milhões. A prioridade à educação, sustenta Paulo Renato, é mostrada pelas despesas com ensino básico. Ele diz que foi gasto R$ 1,989 bilhão nessa rubrica em 95, contra R$ 1,350 bilhão em 94. Ele cita ainda os gastos com compra de livros didáticos, distribuídos nas escolas públicas. Em 95, em sua gestão, a despesa foi de R$ 217 milhões, contra R$ 159 milhões do último ano de Itamar. (JRT) Texto Anterior: FHC investe menos em educação e saúde Próximo Texto: Educação recebe menos que área militar Índice |
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