São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
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Itamar cunhou a "caixa preta"
GUSTAVO PATÚ
Há versões contraditórias sobre a história: não teria sido Itamar, mas um assessor do Palácio do Planalto o autor da ligação, e o objetivo não era saber o valor das reservas, mas onde elas estavam aplicadas. Mas o rótulo de "caixa preta" pegou. O imaginário popular é reforçado pelo edifício do BC, que se assemelha a uma caixotão preto, e pelos segredos escondidos no órgão, tão difíceis de acessar quanto a caixa preta de um avião. Fernando Henrique Cardoso, quando ministro da Fazenda de Itamar, estreou seu talento para a retórica tentando conter a ira do ex-presidente com o BC. Aproveitou-se, no início de sua gestão, em 93, de uma operação burocrática de separação de contas entre o BC e o Tesouro Nacional e a chamou de "a abertura da caixa-negra do BC". Texto Anterior: Fiscalização é lenta e atrasada Próximo Texto: Controle pode estar fora do BC Índice |
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