São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresas aéreas querem manter regulamentação

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Varig, a Vasp e a Transbrasil não quiseram discutir tarifas aéreas com a Folha. Suas assessorias de imprensa indicaram como porta-voz conjunto o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Ramiro Tojal.
Ele afirma ser impossível comparar preços do mercado brasileiro com o norte-americano em razão das diferenças de custos.
"Um Boeing 737 paga US$ 388,00 para pousar em Cumbica. Se pousasse em Miami pagaria US$ 113,00", diz ele.
Também diz que uma companhia norte-americana paga US$ 0,60 pelo galão de querosene, enquanto num aeroporto daqui o combustível sai por US$ 1,15.
Ele defende a manutenção da atual regulamentação do mercado sob a supervisão do DAC.
"Sem esse sistema de controle, qualquer companhia poderia fazer dumping na linha mais rentável de uma outra, levá-la à falência e depois não cumprir todas as rotas que a companhia falida possuía."
É o cenário que ele qualifica de "competição ruinosa" e que a seu ver descreve o que ocorreu nos Estados Unidos depois da desregulamentação de 1978.
(JBN)

Texto Anterior: Sistema de descontos brasileiro dá poucas opções
Próximo Texto: Reforma necessária
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.