São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Negros pagaram preço alto por convicções

MELCHIADES FILHO
DA REDAÇÃO

O caso Abdul-Rauf não é o primeiro em que atletas negros norte-americanos colocam religião e princípios políticos à frente do esporte -e pagam por isso.
O pugilista Muhammad Ali recusou-se a servir o Exército durante a Guerra do Vietnã, em 1967, por suas convicções muçulmanas.
Em retaliação, foi banido dos ringues por 30 anos. Apelou à Suprema Corte e voltou ao boxe três anos depois, reconquistando mais tarde o título dos pesados.
Na Olimpíada de 1968, no México, os velocistas Tommie Smith e John Carlos cerraram os punhos, baixaram a cabeça e silenciaram no pódio após receber suas medalhas.
Era uma manifestação de apoio aos Panteras Negras, grupo radical de ativistas negros.
Expulsos da delegação olímpica dos EUA, foram boicotados no resto da carreira no atletismo.
(MchF)

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