São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
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Polícia encontra rastro de cheque da 'fita do suborno'
MARCELO DAMATO
A existência do documento emitido pelo presidente do Botafogo, Laerte Alves, já está confirmada, segundo o delegado Silvio Tinti, que comanda o inquérito. A "fita do suborno" é o nome dado ao conjunto de conversas telefônicas gravadas entre o ex-juiz de futebol Wilson Roberto Cattani e um jornalista de Ribeirão Preto, que na ocasião usou nome falso. Nessas conversas, Cattani afirma ter fabricado resultados de jogos em vários campeonatos. Cita com mais detalhes o Campeonato Paulista da Série A-2 de 95, no qual diz que atuou a mando de Alves. O Botafogo terminou em terceiro e subiu para a Série A-1. Na conversa, o ex-árbitro fornece o valor (R$ 2.500,00), o número de um cheque e o número de uma conta bancária. Diz que são da conta de Alves na agência de Ribeirão Preto do Banco Safra. Acrescenta que o cheque foi devolvido duas vezes e fornece os dias. Em seguida, dá um número de CPF e diz que é de Alves. Em outubro, a Folha obteve a confirmação de que o número do CPF e o da conta bancária pertenciam ao dirigente do Botafogo. Agora, a polícia diz ter provas de que não só existe um cheque com esse valor, mas também que foi devolvido duas vezes pelo Banco Safra -nas datas descritas na fita. "Este é mais um indício forte neste inquérito", diz Tinti. A prova da existência do cheque está em documentos bancários. Segundo ele, ainda falta saber quem tentou descontá-lo -foi devolvido por falta de fundos. Texto Anterior: Tranquilidade Próximo Texto: Ex-árbitro nega ter recebido pagamento Índice |
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