São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
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Globo teme rejeição a novo JN
CRISTINA GRILLO
Para evitar uma ruptura muito brusca, a emissora vai aumentar a quantidade de editoriais a serem apresentados no telejornal. Dentro do projeto de reformulação do jornalismo, que vigora a partir do dia 31, Moreira e Sérgio Chapelin serão substituídos na apresentação do "Jornal Nacional" por Lillian Witte Fibe e William Bonner. Para Cid Moreira havia sido reservado o papel de locutor dos editoriais, que, até agora, eram raros no "Jornal Nacional". Os editoriais apresentam o ponto de vista da emissora. Um dos últimos a ir ao ar foi durante a polêmica da Globo versus Igreja Universal do Reino de Deus. Apesar do receio da rejeição do público ao novo "Jornal Nacional", a avaliação da direção da emissora é de que as mudanças são a chance de aumentar a credibilidade do jornalismo global. A Folha apurou que a intenção de Evandro Carlos de Andrade, diretor da Central Globo de Jornalismo, é fazer algo semelhante aos jornais, que têm páginas diárias de opinião. Andrade também seria o responsável pelos textos dos editoriais. Outra modificação em andamento no jornalismo da Globo: a volta dos editores temáticos nos telejornais. Quando Andrade assumiu o cargo em julho de 1995 a função voltou a ter importância. No novo "Jornal Nacional", por exemplo, Bonner será o editor de assuntos nacionais e Lilian, a de assuntos econômicos. Os dois deverão ficar subordinados a Amauri Soares, editor do "Jornal Nacional". Como Lilian e Bonner, todos os outros apresentadores dos telejornais terão função de editores. A nova estrutura dos telejornais da emissora ainda está sendo criada. Em reuniões diárias, Andrade vem discutindo com os novos editores os formatos dos noticiários. Desde o final da semana, programas-piloto (experimentais) vêm sendo gravados. Texto Anterior: Emissoras apostam nas mulheres Próximo Texto: Boni responde pelo visual de telejornais Índice |
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