São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996 |
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Inquérito aponta filho como o culpado
MALU GASPAR
Os advogados de defesa de Vanetti contestaram o relatório final do inquérito (leia texto abaixo). O crime aconteceu em 14 de janeiro, no apartamento do empresário, em São Paulo. Segundo o diretor-técnico do IC (Instituto de Criminalística), Osvaldo Negrini, os últimos laudos demonstraram que a versão do filho -de que matou o pai por acidente- "é impossível". Vanetti disse, logo após o crime, que encontrara o pai já morto. Laudo do IC feito em seguida apontou grande quantidade de resíduos de pólvora nas mãos de Vanetti. O resultado indicava, segundo os peritos, que ele havia pego a arma com as duas mãos. Num segundo depoimento, Vanetti afirmou que tentava tirar a arma das mãos do pai, que -segundo ele- queria se suicidar, quando ocorreu o acidente. Segundo o diretor do IC, a situação descrita por Vanetti era incompatível com a quantidade de pólvora encontrada em suas mãos. Negrini disse ainda que o sistema de travamento automático da arma que matou o empresário estava perfeito e impediria qualquer acidente. "Vanetti puxou o gatilho." O juiz do 1º Tribunal do Júri, Newton Santos de Oliveira, aprovou a prisão preventiva de Vanetti, pedida pelo delegado. A promotora Eliana Passarelli denunciou Vanetti por homicídio qualificado (intencional e com agravantes). Ele será interrogado hoje. Para o delegado, o possível motivo do crime era a forma como Ney Araújo tratava o filho. "Ele era rigoroso e humilhava muito Vanetti." Texto Anterior: Roubo a banco cresce 26% em fevereiro Próximo Texto: Promotora denuncia no Rio viúva de empresário Índice |
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