São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 1996 |
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Irregularidades superam cem
LUIZ FRANCISCO
Um dos que mais chamaram a atenção dos procuradores foi a compra de um terreno de 800 hectares em Recife (PE). No inquérito, consta que as empresas Multiplan Projetos e Consultoria e Personal Empreendimentos conseguiram, no dia 25 de agosto de 1993, um empréstimo de USŸ 13 milhões junto ao Econômico. As duas empresas foram criadas apenas 13 dias antes de conseguir o empréstimo no Econômico. "Nas investigações ficou comprovado que as empresas não tinham capital e patrimônio suficientes para conseguir a liberação do empréstimo", afirmou o procurador Daciano Castro. Após a liberação do dinheiro, as duas empresas repassaram o valor à Express Consultoria. De acordo com o processo, a Express comprou com o dinheiro um terreno que pertencia ao próprio banco. "Somente esta transação gerou uma receita escriturária de mais de USŸ 14 milhões para o Econômico", afirmou o procurador. Segundo os procuradores, somente com o Baneb (Banco do Estado da Bahia) foram realizadas entre os anos de 91 e 93 pelo menos nove operações de empréstimo suspeitas. Mas os quatro procuradores decidiram ontem, em Salvador (BA), que até o momento não existe qualquer indício para processar Ângelo Calmon de Sá, ex-presidente da instituição. "Precisamos aprofundar melhor as investigações, porque não existe no momento nenhum elemento para deflagrar qualquer ação penal contra Calmon de Sá", disse o procurador Daciano Castro. Os procuradores decidiram também solicitar à PF (Polícia Federal) o desmembramento do inquérito. Texto Anterior: BC busca aval do Planalto Próximo Texto: Negociação com usineiro será caso a caso, afirma Ximenes Índice |
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