São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 1996
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União poderá deter até 60% do BB

FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Como resultado do socorro do Tesouro Nacional ao Banco do Brasil, a União poderá dobrar sua participação acionária na instituição, aumentando na mesma proporção o rombo nas contas públicas estimado inicialmente em R$ 2,32 bilhões.
O BB receberá um aporte de capital de R$ 8 bilhões. Na primeira etapa da operação haverá venda de ações, mas os atuais acionistas não poderão alterar seu percentual na composição acionária do banco.
O Tesouro é o maior acionista do BB, com 29,2% das ações do banco. A segunda etapa da operação envolverá uma nova venda de ações, desta vez sem nenhuma limitação.
"Nossa estimativa é que a União vai aumentar para 60% sua participação acionária no BB, devido à sobra de ações", afirmou ontem o diretor de Finanças e Relações com o Mercado do BB, Carlos Caetano.
É uma projeção pessimista, pois leva em conta que a segunda etapa da operação será muito pouco atrativa para os demais acionistas. Mas ela é factível.
Compras garantidas
Anteontem, ao dar explicações sobre a operação, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do Conselho de Administração do BB, Pedro Parente, foi claro.
Disse que o aporte de R$ 8 bilhões no BB está garantido, porque o Tesouro cobrirá a diferença entre este valor e os recursos alocados pelos demais acionistas.

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