São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
PMDB janta e faz versos
MARTA SALOMON
O anfitrião do jantar "de confraternização" do partido, o senador Iris Rezende (GO), contratou uma cantora goiana para relaxar os colegas. A crise da CPI só foi lembrada num improviso do "poeta" da bancada, o senador Ronaldo Cunha Lima (PB), que transformou a divisão em rima. "O Jader estava tenso/Na testa passou um lenço/Quando o empate anunciou/Na mesa então ele bate/Anuncia o desempate/Com o voto do Sarney." Todos riram. "Ele deu um show", disse Pedro Simon (RS). Poucas horas antes, o líder do partido, Jader Barbalho (PA), conseguira desempatar a divisão do partido apelando para o voto de "minerva" do presidente do Senado, José Sarney. "Foi uma alegria, depois daquele ambiente tenso danado", disse Cunha Lima: "Mas ninguém tentou mudar voto lá". As marcas de tensão ainda estavam impressas no rosto do presidente do Senado, que chegara a colocar o cargo à disposição dos colegas durante a reunião da bancada do PMDB, naquela mesma noite. O nervosismo estourou feridas no canto da boca de Sarney. Atendendo a pedidos, Sarney improvisou uns versos. Mas fugiu dos temas CPI, governo, crise e PMDB. Preferiu falar de si próprio. "Me chamo José Sarney/Em Pinheiros eu nasci", começou. A mulher do senador José Fogaça (RS), Isabela, uma das estrelas da festa, cantou músicas do marido, que também é compositor. Texto Anterior: Sarney aposta em uma outra CPI do sistema financeiro Próximo Texto: O voto dos senadores Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |