São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 1996
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O que falavam da Aids no início

VANESSA DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1976, na cidade Kinshasa, na África, havia uma médica da Europa que cuidava de doentes há muitos anos.
Ela começou a se sentir cansada. Ninguém sabia o que a médica tinha. Ela emagreceu e tinha dor de barriga. Ficou tão fraca, que resolveu voltar à Europa. Os médicos tentaram salvá-la. Mas ela morreu sem ninguém saber o porquê.
Os cientistas souberam depois que a médica tinha Aids.
Em 1978, a Aids já tinha chegado aos Estados Unidos e atacava também crianças.
Em 1982, médicos começaram a tratar homossexuais (pessoas que namoram outras pessoas do mesmo sexo) com sintomas, como pneumonia e doenças de pele.
Como os médicos só observavam a doença em homossexuais, resolveram chamá-la "síndrome gay". Mas apareceram outros doentes, que pegavam a doença de outros modos. Eles usavam drogas injetadas na veia, como cocaína, ou tinham feito transfusão de sangue.
Arye Rubinstein, médico que trabalhava num bairro pobre, nos EUA, desconfiou que uma criança que tratava desde 1978 também tinha essa doença. Os pais da criança eram dependentes de drogas.
Então, a partir dessa época, os cientistas começaram a repensar suas idéias. Chegaram à conclusão de que não havia uma doença "gay", mas sim uma doença que podia ser pega por qualquer um. Resolveram chamá-la de síndrome da deficiência imunológica adquirida, ou Aids.

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