São Paulo, sábado, 23 de março de 1996 |
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Pré-candidatos do PT temem que quórum inviabilize prévias
GEORGE ALONSO
As prévias definem os candidatos a prefeito pelo partido. Para ter validade, devem votar 20% dos filiados em cada cidade, conforme regra aceita por unanimidade em dezembro no Diretório Nacional. Em São Paulo, precisam votar 9.543 filiados. A polêmica agitou, anteontem à noite, o último debate realizado na sede do Sindicato do Bancários, na Sé (centro), entre Aloizio Mercadante, Luiza Erundina e Tereza Lajolo, pré-candidatos em São Paulo. "Flexibilização" Os três, contrariando a determinação da Direção Nacional, defendem a abertura das urnas e a "flexibilização" do quórum, que subiu de 10% para 20% dos filiados, do último pleito para cá. A Executiva Nacional do PT rechaça essa hipótese. "A prévia visa ampliar a consulta à militância para além dos filiados que votam nos encontros. Permitir a abertura das urnas é completamente despropositado", diz documento da Executiva Nacional. O secretário nacional de comunicação do partido, Gilberto Carvalho, foi claro: "Sem quórum, as urnas não serão abertas. A quebra da norma abriria uma crise enorme no partido". O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, que foi ao debate em São Paulo, também reagiu: "O PT não é um grêmio juvenil. É preciso ser responsável". Houve quórum nas quatro prévias já realizadas em Goiânia (GO), São José dos Campos (SP), Contagem (MG) e Betim (MG). Mercadante, que foi citado pelo grupo de Erundina como interessado na falta de quórum para levar a disputa ao Encontro Municipal, defendeu a abertura das urnas mesmo sem quórum, para dar uma satisfação ao eleitorado da prévia. Confiante em vitória amanhã, Erundina deixou o debate dizendo aos jornalistas: "Até a campanha. Prometo que não vou dar muito trabalho a vocês". Texto Anterior: Pré-candidatos no Rio acusam direção do PT de sabotar prévia Próximo Texto: PSDB quer rever a aliança com o PMDB Índice |
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